A força do público evangélico afetando as novelas da rede Globo

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A relação entre a Globo e o público evangélico no Brasil tem sido objeto de discussão e análise

Por Luiz Carlos Oliveira

A Globo é uma das maiores redes de televisão do Brasil e tem uma influência significativa na cultura e na indústria do entretenimento do país, incluindo suas novelas que são seu produto mais forte.

A população evangélica no Brasil é substancial e vem crescendo ao longo dos anos. Devido às suas crenças e valores, alguns membros da comunidade evangélica têm manifestado preocupação com o conteúdo das Novelas da Globo, especialmente no que diz respeito a temas relacionados à sexualidade, violência e representações de certos estilos de vida que podem conflitar com seus princípios. Como resultado dessas preocupações, alguns grupos e lideranças evangélicas criticaram certos enredos e conteúdo de novelas, alegando que eles não se alinham com seus valores morais e éticos. Em alguns casos, houve pedidos de boicotes ou protestos contra novelas específicas ou a própria emissora. Em resposta ao feedback do público evangélico e para evitar conflitos, a Globo às vezes tenta abordar essas preocupações incorporando perspectivas mais diversas, incluindo as de grupos religiosos, em sua programação.

No entanto, pode ser um desafio encontrar um equilíbrio que satisfaça as diversas preferências do público e, ao mesmo tempo, aderindo à visão criativa e à narrativa da rede.

As primeiras investidas da Globo em captar um nicho de mercado cada vez mais expressivo lograram em personagens rasos e estereotipados como nas novelas "Avenida Brasil" e em "Cheias de Charme"

Numa avaliação pragmática sobre esse fenômeno de mercado lança luz sobre a força dos evangélicos.

Numa espécie de "refluxo de audiência", a evasão de um segmento cada vez mais representativo dos Brasileiros força uma das maiores emissoras de TV do Planeta a repensar o conteúdo de seus produtos.

A percepção de que o evangélico é via de regra, um grupo pouco esclarecido vem perdendo força nas últimas duas décadas.